domingo, 25 de abril de 2010


com encanto ;*

1
 Minha vida sempre foi assim, uma incapacidade de esperar, uma necessidade de fazer tudo na hora, como se não fosse dar tempo pra fazer, uma vontade de colocar no copo e beber tudo de uma vez, era uma coisa que eu não conseguia controlar, gritava dentro de mim e como deixaria de escutar? 
 Nas rodas de adultos, lá estava eu dando meu pitaco, mesmo sem ser convidada, preferia estar lá perto dos mais velhos, escutando, aprendendo, e jogando fora também algumas porcarias que escutava, como mamãe ensinou, só aproveitava o que era bom. =) E  assim, lá ia eu, menina virando mulher aprendendo coisas que as pessoas da minha idade nem sabiam. 
 Aquela minha velha sede de vida não me deixava contentar-me com pouco, eu queria mais, queria viver, buscava saciar meus desejos mais íntimos, namorei cedo pra caramba, me apaixonei perdidamente, não vingou, namorei outras vezes e em um desses relacionamentos assim, como que pra fazer meu bem maior, engravidei e tudo mudou.
 Minha filha nasceu e nasceu também uma nova mulher, uma mãe, uma leoa, uma pessoa novinha em folha, mais paciente, uma mulher menos inconstante, uma menina cheia de sonhos possivéis, com vontade de sentimentos recíprocos e verdadeiros. 
 Um dia desses me perguntaram se eu me arrependia de ter sido mãe cedo. Adivinhem o que eu respondi? "Em nenhum minuto, olha pro rosto dela, vê se alguém poderia?" Minha filha é minha razão, minha força, é o que me faz querer ser melhor todos os dias. Com ela eu aprendi as coisas mais bonitas que alguém poderia ensinar, e aprendo todos os dias. 
 Encontrei aqui dentro de casa o que eu tanto procurava, dentro dos olhos da minha menina. Amo, com encanto, amo! ;*
 Agora, gosto mesmo de andar devagar, esses passinhos tão lentos precisam me acompanhar. Amo. ;*

sábado, 17 de abril de 2010


1
Tenho feito de conta que você não me interessa muito, que não me arrependo de ter te deixado, que foi melhor assim ...
 Tenho feito de conta, pra mim mesma, pra minha própria crença, que era pra você amadurecer em alguns sentidos e que eu precisava resolver alguns sentimentos alheios a nós, presentes em mim...
 Tenho feito de conta que nem tem tanta importância, pra tentar conviver com a idéia de que o tempo passou e a nossa história pode ter ficado perdida lá naqueles lindos dias...
 Tenho feito de conta que não sinto ciúmes, que não tenho pressa, que aceito tudo que você disse...
 Tenho feito de conta que sou sensata e concordo com você, que realmente é bobagem viver um amor assim, com tantos impedimentos. Tenho tentado esquecer que sou menina pra fora sem medo de nada.
 Tenho feito de conta que vou aguentar essa solidão, que faz bem ficar sozinha, que não sinto falta de dois corpos entrelaçados, que não é tedioso, cansativo, triste até...
 Tenho feito de conta que consigo controlar-me, que amadureci e posso esperar, que ainda não é hora de viver esse sentimento...
 Tenho feito de conta que vou me acostumar, que o tempo vai passar e isso tudo vai aquietar...
           Tenho feito de conta!    =X

quinta-feira, 15 de abril de 2010


aah acredito siim. =)

2
Acho que já chega de resistências não é mesmo? Nunca foi pra mim, esse negócio de viver pra dentro, sem sorrisos, sem desejos, sem planos... Sempre soube o que eu queria e lutei até o fim das forças, pelas coisas que acreditei ser o correto, acho que não cabe a mim esse discurso de " aah não acredito no amor, e blá blá blá..." Acredito no amor sim! Muuito, mesmo, mesmo, mesmo.
 Apesar de crer que nem sempre ele, o tal do amor, nem sempre acontece pra todas as pessoas, e eu posso ser uma dessas pessoas entende? Mas e aí? Consigo me reiventar de uma maneira que nunca pensei suportar, superei dores de sentires tão completos, mas que não me pertenciam naquele momento, como posso dizer que cansei? Tenho 20 anos, está certo que com uma experiência de uns 40, no mínimo, mas ainda 20 e leves anos... Cheios de páginas coloridas, em negrito, gritando sentimento  e mesmo tendo várias em preto e branco, não consigo descartar algo como se não tivesse valido, como se não fosse verdadeiro, porque foi, cada beijo, cada abraço, cada sorriso, foi intenso e inteiro demais pra esquecer e deixar pra lá e fingir que não vivi, que não senti, que não chorei, que não sorri... Eu não quero deixar pra lá, eu quero lembrar nitidamente, pra então RECOMEÇAR... Sem pesos, sem lembranças doloridas, por que hoje está tudo se resolvendo no meu coração e já chega de velhos sentimentos embaçados, busco clareza de agora em diante, transparência é a palavra da vez. Chega de ficar pensando e tentando imaginar como vai ser, eu quero viver, quero ser feliz, quero abraço apertado, sorriso dobrado, beijo estalado, quero, quero, quero muito mais da vida e das pessoas. Hoje estou assim, cheia de vontades. Tomara que não passe . =) Vou fazer figa e abraçar os joelhos, quem sabe né? quem sabe?          

quarta-feira, 14 de abril de 2010


2
"Só espero a minha tempestade passar, para que, com a bonança, venha a compreensão perante minha ira, à quem comigo tenha se desentendido. 
A tempestade é a luta dum eu que não gosto, mas que tenho que conviver, para manter a lógica de que ainda estamos evoluindo.
Vivo na nuância entre este mundo observável e um mundo criado pelo subconsciente de todas as pessoas que passaram, passam e hão de passar por este mundo."   (Sérgio Hossamu Uno)





Um dia eu chego lá...
;P

terça-feira, 6 de abril de 2010


0
  Se eu conseguisse explicar tudo que eu sinto, se eu conseguisse parar de sofrer com essa ausência, se eu conseguisse chorar sem esse aperto no peito, talvez fosse mais fácil, se eu conseguisse não sentir tanta saudade, ou simplismente entender de verdade o motivo disso, se é que precisa ter motivo pra morrer, concerteza seria mais fácil, mas não consigo. Ai paizinho, hoje fazem 6 meses que o senhor foi pra junto de Deus, e dói, dói como no primeiro dia, dói como naquela hora terrivél que eu recebi a notícia, dói porque antes mesmo de ouvir a mamãe me contar eu já sabia, e dói, Meu Deus como dói.  
   Agora que sou mãe eu entendo um bocado de coisas que antes eu não entendia, como sua filha sabe? É tão angustiante pensar que o senhor não está mais aqui, pra eu poder lhe dizer isso. Como eu queria lhe ter aqui pai...


    Não consigo deixar de querer, é um querer cheio de pretensão, de vontade de realização, um sentimento que ainda é muuuito doloroso pra mim, que me invade a alma e consegue deixar meu riso mais triste.
    Eu sei que o senhor está bem, que cuida de mim e é o anjinho da minha filha, eu sei sim, mas é saudade sabe? daquelas que maltratam mesmo, que penetram em todos os cantos do coração até não sobrar mas nem um pouquinho de espera. É vontade de abraço, é necessidade de colo de pai. Estou carente meu velho, carente do seu amor, da sua segurança, estou desprotegida, insegura, com medo.
     Saudade dói.
     

segunda-feira, 5 de abril de 2010


0

Um monte de sentir amontoado dentro de mim , mas hoje eu só quero o que trouxer amor, pra fazer bem sabe?  ;*

domingo, 4 de abril de 2010


quem sabe um dia...

1
E o meu primeiro instinto é  esse mesmo, retrair, com as porradas da vida eu resolvi voltar e pensar, uma, duas, três, mil ... quantas vezes forem necessárias, e sinceramente vez em quando  eu canso de ser assim, mas só vez em quando, lembro-me  nitidamente que eu era tão corajosa, tão entregue, tão, tão, tão...  Mas é que agora, pela primeira vez na vida eu consigo pegar com as mãos tudo que eu quero nesse momento, já chega de coisas impossíveis, desejos mirabolantes, planos ilógicos e irrealizáveis, não que eu não tenha sonhos, tenho sim, tantos que eu mal posso contar, não que eu tenha perdido a coragem ou fé naquele velho jeito de menina vibrante, é que agora eu acredito que só conseguirei realizar meus sonhos com os pés fincados no chão, já paguei um preço alto demais por viver por entre as nuvens.
   Eu cresci por fora, me desiludi com um bocado de coisas e embora eu saiba que no fundo eu continuo sendo aquela menina, que sonha pra caramba e quando olha pro céu consegue alcançar as estrelas, hoje eu sinto que posso fazer isso acordada, sabendo como e onde eu vou chegar. Montei uma guarda em volta de mim e acho que isso é bom sabia? Evita sofrimento desnecessário, sentimento feio, covarde, mentiroso, e me deixa tranquila por saber que se conseguirem ultrapassar essa barreira é porque o sentimento é pra lá de bonito. E derrepente estender a mão e receber a mão estendida de volta. É, quem sabe um dia?

Amigos Blogsfera ; )

domingo, 25 de abril de 2010

com encanto ;*

 Minha vida sempre foi assim, uma incapacidade de esperar, uma necessidade de fazer tudo na hora, como se não fosse dar tempo pra fazer, uma vontade de colocar no copo e beber tudo de uma vez, era uma coisa que eu não conseguia controlar, gritava dentro de mim e como deixaria de escutar? 
 Nas rodas de adultos, lá estava eu dando meu pitaco, mesmo sem ser convidada, preferia estar lá perto dos mais velhos, escutando, aprendendo, e jogando fora também algumas porcarias que escutava, como mamãe ensinou, só aproveitava o que era bom. =) E  assim, lá ia eu, menina virando mulher aprendendo coisas que as pessoas da minha idade nem sabiam. 
 Aquela minha velha sede de vida não me deixava contentar-me com pouco, eu queria mais, queria viver, buscava saciar meus desejos mais íntimos, namorei cedo pra caramba, me apaixonei perdidamente, não vingou, namorei outras vezes e em um desses relacionamentos assim, como que pra fazer meu bem maior, engravidei e tudo mudou.
 Minha filha nasceu e nasceu também uma nova mulher, uma mãe, uma leoa, uma pessoa novinha em folha, mais paciente, uma mulher menos inconstante, uma menina cheia de sonhos possivéis, com vontade de sentimentos recíprocos e verdadeiros. 
 Um dia desses me perguntaram se eu me arrependia de ter sido mãe cedo. Adivinhem o que eu respondi? "Em nenhum minuto, olha pro rosto dela, vê se alguém poderia?" Minha filha é minha razão, minha força, é o que me faz querer ser melhor todos os dias. Com ela eu aprendi as coisas mais bonitas que alguém poderia ensinar, e aprendo todos os dias. 
 Encontrei aqui dentro de casa o que eu tanto procurava, dentro dos olhos da minha menina. Amo, com encanto, amo! ;*
 Agora, gosto mesmo de andar devagar, esses passinhos tão lentos precisam me acompanhar. Amo. ;*

sábado, 17 de abril de 2010

Tenho feito de conta que você não me interessa muito, que não me arrependo de ter te deixado, que foi melhor assim ...
 Tenho feito de conta, pra mim mesma, pra minha própria crença, que era pra você amadurecer em alguns sentidos e que eu precisava resolver alguns sentimentos alheios a nós, presentes em mim...
 Tenho feito de conta que nem tem tanta importância, pra tentar conviver com a idéia de que o tempo passou e a nossa história pode ter ficado perdida lá naqueles lindos dias...
 Tenho feito de conta que não sinto ciúmes, que não tenho pressa, que aceito tudo que você disse...
 Tenho feito de conta que sou sensata e concordo com você, que realmente é bobagem viver um amor assim, com tantos impedimentos. Tenho tentado esquecer que sou menina pra fora sem medo de nada.
 Tenho feito de conta que vou aguentar essa solidão, que faz bem ficar sozinha, que não sinto falta de dois corpos entrelaçados, que não é tedioso, cansativo, triste até...
 Tenho feito de conta que consigo controlar-me, que amadureci e posso esperar, que ainda não é hora de viver esse sentimento...
 Tenho feito de conta que vou me acostumar, que o tempo vai passar e isso tudo vai aquietar...
           Tenho feito de conta!    =X

quinta-feira, 15 de abril de 2010

aah acredito siim. =)

Acho que já chega de resistências não é mesmo? Nunca foi pra mim, esse negócio de viver pra dentro, sem sorrisos, sem desejos, sem planos... Sempre soube o que eu queria e lutei até o fim das forças, pelas coisas que acreditei ser o correto, acho que não cabe a mim esse discurso de " aah não acredito no amor, e blá blá blá..." Acredito no amor sim! Muuito, mesmo, mesmo, mesmo.
 Apesar de crer que nem sempre ele, o tal do amor, nem sempre acontece pra todas as pessoas, e eu posso ser uma dessas pessoas entende? Mas e aí? Consigo me reiventar de uma maneira que nunca pensei suportar, superei dores de sentires tão completos, mas que não me pertenciam naquele momento, como posso dizer que cansei? Tenho 20 anos, está certo que com uma experiência de uns 40, no mínimo, mas ainda 20 e leves anos... Cheios de páginas coloridas, em negrito, gritando sentimento  e mesmo tendo várias em preto e branco, não consigo descartar algo como se não tivesse valido, como se não fosse verdadeiro, porque foi, cada beijo, cada abraço, cada sorriso, foi intenso e inteiro demais pra esquecer e deixar pra lá e fingir que não vivi, que não senti, que não chorei, que não sorri... Eu não quero deixar pra lá, eu quero lembrar nitidamente, pra então RECOMEÇAR... Sem pesos, sem lembranças doloridas, por que hoje está tudo se resolvendo no meu coração e já chega de velhos sentimentos embaçados, busco clareza de agora em diante, transparência é a palavra da vez. Chega de ficar pensando e tentando imaginar como vai ser, eu quero viver, quero ser feliz, quero abraço apertado, sorriso dobrado, beijo estalado, quero, quero, quero muito mais da vida e das pessoas. Hoje estou assim, cheia de vontades. Tomara que não passe . =) Vou fazer figa e abraçar os joelhos, quem sabe né? quem sabe?          

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Só espero a minha tempestade passar, para que, com a bonança, venha a compreensão perante minha ira, à quem comigo tenha se desentendido. 
A tempestade é a luta dum eu que não gosto, mas que tenho que conviver, para manter a lógica de que ainda estamos evoluindo.
Vivo na nuância entre este mundo observável e um mundo criado pelo subconsciente de todas as pessoas que passaram, passam e hão de passar por este mundo."   (Sérgio Hossamu Uno)





Um dia eu chego lá...
;P

terça-feira, 6 de abril de 2010

  Se eu conseguisse explicar tudo que eu sinto, se eu conseguisse parar de sofrer com essa ausência, se eu conseguisse chorar sem esse aperto no peito, talvez fosse mais fácil, se eu conseguisse não sentir tanta saudade, ou simplismente entender de verdade o motivo disso, se é que precisa ter motivo pra morrer, concerteza seria mais fácil, mas não consigo. Ai paizinho, hoje fazem 6 meses que o senhor foi pra junto de Deus, e dói, dói como no primeiro dia, dói como naquela hora terrivél que eu recebi a notícia, dói porque antes mesmo de ouvir a mamãe me contar eu já sabia, e dói, Meu Deus como dói.  
   Agora que sou mãe eu entendo um bocado de coisas que antes eu não entendia, como sua filha sabe? É tão angustiante pensar que o senhor não está mais aqui, pra eu poder lhe dizer isso. Como eu queria lhe ter aqui pai...


    Não consigo deixar de querer, é um querer cheio de pretensão, de vontade de realização, um sentimento que ainda é muuuito doloroso pra mim, que me invade a alma e consegue deixar meu riso mais triste.
    Eu sei que o senhor está bem, que cuida de mim e é o anjinho da minha filha, eu sei sim, mas é saudade sabe? daquelas que maltratam mesmo, que penetram em todos os cantos do coração até não sobrar mas nem um pouquinho de espera. É vontade de abraço, é necessidade de colo de pai. Estou carente meu velho, carente do seu amor, da sua segurança, estou desprotegida, insegura, com medo.
     Saudade dói.
     

segunda-feira, 5 de abril de 2010


Um monte de sentir amontoado dentro de mim , mas hoje eu só quero o que trouxer amor, pra fazer bem sabe?  ;*

domingo, 4 de abril de 2010

quem sabe um dia...

E o meu primeiro instinto é  esse mesmo, retrair, com as porradas da vida eu resolvi voltar e pensar, uma, duas, três, mil ... quantas vezes forem necessárias, e sinceramente vez em quando  eu canso de ser assim, mas só vez em quando, lembro-me  nitidamente que eu era tão corajosa, tão entregue, tão, tão, tão...  Mas é que agora, pela primeira vez na vida eu consigo pegar com as mãos tudo que eu quero nesse momento, já chega de coisas impossíveis, desejos mirabolantes, planos ilógicos e irrealizáveis, não que eu não tenha sonhos, tenho sim, tantos que eu mal posso contar, não que eu tenha perdido a coragem ou fé naquele velho jeito de menina vibrante, é que agora eu acredito que só conseguirei realizar meus sonhos com os pés fincados no chão, já paguei um preço alto demais por viver por entre as nuvens.
   Eu cresci por fora, me desiludi com um bocado de coisas e embora eu saiba que no fundo eu continuo sendo aquela menina, que sonha pra caramba e quando olha pro céu consegue alcançar as estrelas, hoje eu sinto que posso fazer isso acordada, sabendo como e onde eu vou chegar. Montei uma guarda em volta de mim e acho que isso é bom sabia? Evita sofrimento desnecessário, sentimento feio, covarde, mentiroso, e me deixa tranquila por saber que se conseguirem ultrapassar essa barreira é porque o sentimento é pra lá de bonito. E derrepente estender a mão e receber a mão estendida de volta. É, quem sabe um dia?