"Nao me acostume mal mamãe, pois agora que estou prestes a sair deste mundinho aconchegante do seu útero, o certo mesmo é me deixar eu entender esse mundo sozinha.
As luzes vão se acender, eu vou olhar em volta como quem chega num aeroporto e não sabe quem veio me buscar naquela multidão.
Oh sim, eu me recordo do som da sua voz, eu me lembro da sua mão me fazendo carinho... mas, não me pegue! Não me acomode nos seus braços... posso quere-los mais que onde fui posta, mas essas são as novas regras, não?
Não me pergunte com seu olhar atento se estou com frio, com algo apertado ou molhado, se gostaria de mudar de posição, se a luz esta nos meus olhos ou se aquela tia tem um perfume muito forte ou um timbre muito alto. Preciso ser um bebê educado, preciso saber quando é minha vez.
De noite, não me visite se eu chorar. Me deixe correr de lágrimas. Mais cedo aprenderei coisas importantes como solidão, individualidade, indiferença e até descobrirei que a melhor coisa é não me comunicar.
[...]
Mas num futuro, não muito distante, não estranhe nossas lacunas. Não se pergunte onde foram os dias. Eles eram nossos dias, como páginas em branco, mas, ao invés de escrevermos juntas, nos deixamos que outras pessoas opinassem no nosso roteiro.
Outras pessoas que você chamaria de a "sociedade", a que nos julgava e nos ditava quais os passos que deveríamos trilhar. Onde estarão todos hoje, o que estarão fazendo agora?
Não sei mamãe, não sei deles, nem eu de você.... e nem você de mim!"
Anna Arena
Para algumas pessoas isso pode parecer normal, mas não pra mim... não pro meu coração de mãe que protege, educa e ama a cria. Quando a minha menina veio fazer parte de mim, muita gente me dizia tudo isso que a Anna escreveu e mais, bem mais. E eu? eu não quero nem saber...
Quero mais é acordar de madrugada, mesmo MUITO cansada e acalentar minha menina em meus braços, quero conversas eternas, mamadas prolongadas recheada de olhares de afeição, quero ficar perto pra caso, derrepente... minha filha precise de mim, seja pq ta com medo ou pq simplismente quer a minha presença, quero mais é escutar um chorinho breve e abraça-la pra que ela sinta que não está aqui sozinha e por ela, eu topo 'qualquer parada' , quero não ter tempo pra mais nada... pq eu aceitei ser MÃE sou de verdade, de coração aberto, com paciência, com respeito a minha carne, ao meu sangue. Nem sempre é fácil, na verdade é difícil pra caramba... a gente se cobra muito, se cansa muito, engorda muito ( UHUAHUAHAUH) mas aqueles olinhos tão lindos... Aaaahhh, poder acompanhar o crescimento da minha menina, dia a dia, é maravilhoso. Vou voltar a estudar sim, vou voltar a malhar, a fazer Yoga, Body Combat... pq são coisas que eu gosto bastante, são coisas importantes pra mim, mas não estou com pressa, estou vivendo um momento ÚNICO na minha vida e nenhuma 'sociedadezinhamalucaeimpertinente' vai me dizer como devo cuidar da MINHA pequenina, pq do NOSSO amor, só a gente entende!
Eu respeito a opnião de todo mundo, queres voltar a fazer tudo que fazia antes sem os filhos terem ao menos saido da amamentação "obrigatória"??? Beleza, cada um com seu cada qual... mas aqui em casa, a prioridade é uma moçinha bem simpática chamada Ana Lis e por ela gente, eu soou capaz de tudo. Quem não seria?
1 comentários:
E eu...concordo com vc, é isso que é ser mãe...Parabensss Lua, eu digo e repito, sua filha tem é que ter muito orgulho de vc!!
=))
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